domingo, 14 de novembro de 2010

Portas e Janelas.


Um dia me perguntaram por que eu gostava tanto de janelas. Eu não soube responder.
Mas hoje, eu encontrei as respostas.

Conversando com um grande amigo meu, lembrei-me de uma frase que algumas pessoas dizem quando querem motivar alguém: " Deus nunca fecha uma porta sem antes abrir uma janela.". Eu nunca tinha parado para pensar no significado da porta e da janela. É claro que eu entendia tudo isso como se fosse uma forma de dizer " vai aparecer outra oportunidade" ou então " não se apavore !". Eu realmente nunca pensei que janelas fossem tão importantes !
A começar porque janelas são totalmente pessoais. Você não deixa qualquer pessoa pular a sua janela. Não põe qualquer cortina, e não a deixa aberta a noite. Você sabe que ela te protege de alguma forma. Através da janela, sua casa se enche de luz. Através da janela, você vê tudo o que se passa do lado de fora. E quando a porta se tranca, a janela sempre é uma válvula de escape.
Mas há pessoas que ainda não entenderam( e nem vão entender) o significado das janelas. Não estou menosprezando as portas, já que estas também são úteis por darem acesso mais fácil, mas quero dizer que as janelas são mais interessantes pela aventura que proporcionam, pela sensação de segurança que trazem. Uma casa sem janelas, é uma casa em trevas.
Essa conversa sobre janelas pode estar soando como " uma pedra no meio do caminho "  do meu querido poeta Carlos Drummond, mas na verdade, se for parar pra pensar, as pedras são os obstáculos. As janelas são a segunda chance.





Um comentário:

  1. Pensando...


    Hoje acordei diferente, abri as janelas, acoitei as cortinas para o canto, deixei a brisa matinal entrar...
    Esse frio logo cedinho, grrr !!! Um brusco contraste com a noite que passou, onde o cobertor de lã competia com edredom pra me aquecerem, nessa disputa não teve vencedor, se uniram no mesmo intuito.
    Musica ambiente, clássica, cheiro de pão quente e café se confundiam no ar num ritual que era pura provocação de minha fome... Sem cerimônias ou prece alguma e com muita pressa fiz a quebra do jejum sacrificial de um santo só, rsss
    Quinta-feira, dia de folga, muito frio e agora começou a chover... Por um instante paro, penso; qual a razão e motivo de ter acordado diferente hoje? Acredito que não foi o dormir bem seguido da brisa fresca que invadira minha janela ou talvez o frescor do cheiro do café matinal exaurindo lodo cedinho atiçando meu apetite embalado pela clássica Nona sinfonia de Beethoven.
    Muito introspectivo que sou, não ficaria esperando que algo me fizesse lembrar o porquê dessa mistura de bucólica de alegria e melancolia logo cedo possuíra meu corpo, quase que sobrenaturalmente, eu hem!?!?
    Nossa, quando passei em frente ao espelho logo percebi que não estava pensando, nem alto, estava mesmo falando sozinho... Estranho, mas nem tanto ninguém me viu assim, e se o vissem logo começaria cantar Beethoven. Mas ainda é intrigante o fato de estar diferente hoje, logo pensei; essa estação do ano me faz sentir saudades de algumas épocas boas da minha vida, mas hoje não senti saudades de tempos tão distantes, mas parecia de algo que me acontecera num passado mais próximo, algo bom, diferente, talvez ainda tivesse que descobri um nome pra tão inusitada sensação. Há! O nome ainda não sei, não descobri, deixa ser “saudades” mesmo, porque o nome não pode ser maior importância a própria sensação que senti, jamais seria. Desejei refazer tudo que me acontecerá nessa manhã. Recolhi o café, dei of no play, puxei as cortinas e cerrei as janelas e já acamado adormeci. Já por volta de quase meio dia, ainda frio, já faminto, não mudei o cenário, nem levantei, nem desejei, somente pensei... Saudades, o que é a saudades? Não seria ela puro sentimento de momentos passados daquilo que gostaríamos que fosse para sempre? Essa reflexão fez-me lembrar de outro pensamento meu.

    “... Prefiro não compreender o incompreensível. Um gesto, um olhar sincero, um respirar ofegante... o brilho nos teus olhos é tudo de que preciso saber para sentir-me bem.
    As palavras?
    Deixaremos para as pessoas que realmente precisa argumentar algo que nunca foram capazes de sentir ou dizer, o que querem ou que pensam...
    Antes de qualquer questionamento prematuro, meu ou alheio, perguntei-me. Será que escrevi um livro somente pra dizer isso? Se for, estava apenas tentando descobrir um jeito de lhe dizer como você me fez falta durante esse tempo longe de mim. Por isso as palavras nunca serão suficientes para externar o que realmente senti, mas prometo fazê-la sentir, perceber tudo que não pude dizer.

    By Robson

    robsonsbarreiros@hotmail.com

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