domingo, 14 de novembro de 2010

Conversas de fim de tarde II



Após o encontro, após os sentimentos que estavam para ser descobertos, eu tentei me entregar 
a algo que, na verdade, nunca existiu.


Nos encontramos dois dias depois do tão esperado encontro no shopping. Eu não sei se era realmente o que eu queria fazer, ou se eu estava ali por pura pressão. Mas aconteceu, e quando o vi , fiquei nervosa como se fosse a primeira vez que eu o visse. Ele sorriu e me abraçou. Eu não tinha certeza de que aquilo era o correto, mas deixei parecer como se eu me importasse com o que ele sentia. Na verdade, eu não queria criar esperanças em ninguém. Eu não me importava muito com o que ele sentia.
No mesmo dia ele conheceu uma parte da minha vida. Foi então, que em um momento inesperado (o mais esperado pelos amigos), eu o beijei e me retirei em seguida. Conversamos a tarde inteira. Tivemos um fim de tarde agradável, aos meus olhos. 
Mas o que fiquei sabendo dias depois é que tudo aquilo para ele tinha sido horrível. Eu tinha sido a pior companhia do mundo e não valeu a pena ele ter ido ao meu encontro. Realmente, aquele comentário tinha sido o começo do fim da minha grande esperança de gostar realmente de alguém.
Ele não compreendia que eu precisava de espaço. Eu não compreendi que ele era totalmente desligado de alguns fatores sentimentais. Ele disse que gostava de mim. Eu fiquei em silêncio.
Se passaram alguns dias. Ele não ligou. Não me procurou. Eu entendi. 
Por alguns instantes eu pensei que todas as conversas no fim da tarde e dos poucos encontros que tivemos, pudessemos continuar como grandes amigos. Mas novamente, ele não entendeu e sumiu. Como se tudo aquilo não tivesse acontecido. Nunca.



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