domingo, 26 de setembro de 2010

O Pequeno Príncipe ( The little prince )


                 



                                                                                                                  


                Feito em 1974, “ O pequeno príncipe” é um filme musical feito para adultos, mas que agrada todos os públicos, principalmente o infantil. Baseado no livro que foi escrito em 1943 durante a Segunda Guerra Mundial, por Antoine de Saint- Exupéry, um escritor francês que foi piloto durante esse fato e tem como tema de suas obras a guerra e a aviação, “ O pequeno príncipe” traz para o mundo ( já que o livro foi traduzido em mais de 170 línguas e vendeu mais de 80 milhões de exemplares somente na França) um retorno à infância, à inocência e nos faz perceber que esquecemos das coisas mais simples, porém mais importantes da vida.
                É uma pena que o filme não traga todos os personagens do livro, já que o bêbado, o acendedor de lampiões e outros não aparecem na trama. E todo mundo sabe também que os filmes geralmente encurtam os livros (e muito!) deixando muitas vezes o público um pouco desolado, principalmente para quem leu o livro. Quem não leu, não tem muita noção do que pode acontecer. O importante é salientar que todos os personagens tem um ensinamento bom ou mal para o pequeno príncipe, assim como este também tem muitos ensinamentos para dar.
                As interpretações são ótimas. Steven Warner traz toda a magia para o filme com seu olhar meigo e muito penetrante no papel do pequeno príncipe, que passa o filme todo acompanhado do aviador interpretado por Richard Kiley. Quem rouba a cena neste maravilhoso filme é Gene Wilder (A fantástica fábrica de chocolate), a raposa que o pequeno príncipe encontra na metade do filme e que diz uma das frases mais conhecidas: “Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas.”.
                O filme tem como primeira cena a história do aviador que quando criança fez um desenho de uma cobra que engoliu um elefante e mostrou aos adultos, porém todos disseram que o desenho era um chapéu. O menino cresceu e se tornou um aviador rico, contudo nunca mais fizera desenho algum. Durante um vôo sobre o deserto do Saara, o avião tem uma pane, e faz um pouso forçado.
                O piloto adormece do lado de fora do avião e quando acorda, pela manhã, se depara com um garotinho, bem loiro, com uma roupa semelhante a de um príncipe. “Me desenha um carneiro?”, é a primeira coisa que o garoto pergunta. O aviador desenha a única coisa que sabia fazer na infância, porém que ninguém conseguia explicar o que era. E incrivelmente o pequeno príncipe sabe do que se trata o desenho do aviador. O homem fica espantado, pois nunca, nenhuma pessoa soube dizer o que era tal coisa. É a partir daí que o filme mostra quantas coisas simples e importantes deixamos passar ao longo da vida e que os olhos dos adultos, muitas vezes, não enxergam o que os olhos das crianças vêem.
                As palavras sábias, que muitas vezes não fazem tanto sentido à primeira vista, mas que algum dia farão (ou fizeram) na vida de cada pessoa que assistiu ao filme, nos abrem espaço para refletir sobre o que éramos quando crianças e por que mudamos quando ficamos adultos. Mudar, não no sentido de amadurecer, mas sim, no sentido de perder certos olhares, de questionar coisas simples, de amar e cuidar de coisas que para muitos servem apenas de enfeite, como uma rosa que é única entre todas as rosas porque é amada. De fato, é emocionante assistir um filme com tanta inocência e tantos ensinamentos.
                Se tratando de um filme um pouco antigo (1974), O pequeno príncipe traz um cenário muito simples, sem muitos efeitos especiais (alguns super especiais para a época) mas não deixa nada a desejar para os outros filmes. Os produtores  ousaram um pouco mais nos efeitos micro especiais dos pássaros que fazem uma corrente e carregam o pequeno príncipe para cima e para baixo. Isso basta para a magia do filme.
                Quem nunca assistiu esse clássico, deve assistir. O filme não é muito longo e muito menos cansativo. É necessário que se reflita após o filme, sobre algumas coisas nele ditas. E principalmente: não deixe de retornar à infância por apenas alguns minutos!


                

Postado por : Jéssica Couto

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Felicidade estampada.




" Você não sabe o quanto eu caminhei pra chegar até aqui.
Percorri milhas e milhas antes de dormir.
Eu nem cochilei !
Os mais belos montes escalei e nas noites escuras de frio chorei... "

Soneto da separação













De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto.
 
De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez o drama.
 
De repente, não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente
 
Fez-se do amigo próximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente
.

Chegar até a praia e ver...


" De tarde quero descansar.
Chegar até a praia e ver se o vento ainda está forte e vai ser bom subir nas pedras.
Sei que faço isso pra esquecer, eu deixo a onda me acertar e o vento vai levando tudo embora."
                                                                              Legião Urbana - Vento no litoral